quarta-feira, 28 de julho de 2010

Quem se anima para trabalhar com 3D?

Esse é um título de uma entrevista que saiu para o site da Revista TI Master, tive o prazer de ser convidado para dar uma entrevista sobre animação e o mercado, aproveitando que teve a semana do animamundi semana passada. Vou deixar o texto aqui no meu blog e o link para acessar o site.

Quem se anima para trabalhar com 3D?

Por Nicolly Vimercate


Mais de 300 filmes brasileiros inscritos no Anima Mundi 2010 e recorde de bilheteria de Shrek Para Sempre e Toy Story 3 no ranking nacional. Coincidência? Parece que não. Especialistas afirmam que a animação vive seu melhor momento no Brasil e que essa é a hora de se especializar, principalmente, nas tecnologias 3D.

Por aqui, as áreas que mais empregam são as de publicidade para TV, games e desenvolvimento de maquetes em 3D para empresas. Embora seja o mercado de filmes o que mais valoriza o profissional, o Brasil ainda não tem grande autonomia nesse campo.

“Várias animações brasileiras batem de frente com produções internacionais. O mercado internacional, inclusive, está procurando mão-de-obra no Brasil porque é mais barata, têm qualificação e é muito criativa. O que ainda está faltando para nós são patrocinadores com coragem para investir no setor”, afirma Renato Medeiros, professor de Animação de Personagens do Instituto Infnet.

Para se tornar um profissional completo, é necessário ter habilidade de comunicar idéias simples fazendo com que o espectador se identifique. É preciso também conhecer os princípios tradicionais de animação, saber trabalhar em equipe, respeitar prazos e ter muita paciência. Além disso, desenvolver uma característica própria na hora de dar vida aos personagens é um grande diferencial.

“O animador deve ter habilidade de demonstrar atuação e personalidade em sua animação, assim como um ator de cinema faz com seu personagem. Não basta apenas saber mover os objetos, a animação tem que ‘contar uma história’ com os movimentos”, ressalta Alan Camilo, animador da Seagulls Fly.

Embora ajude, não é necessário ter graduação para trabalhar com animação 3D. Inclusive, não há, no país, muitas opções de graduação nessa área. Uma saída é investir em formações ou em cursos de pós-graduação em modelagem digital ou criação e produção em animação 3D.

Outro fator que não pode ser deixado de lado é o portfólio. A maioria das empresas não pede aos candidatos apenas o currículo, exigem também que apresentem suas realizações anteriores. Ficar ligado em sites, blogs e discussões da internet também é uma atitude importante. Além de fazer cursos e montar seu portfólio, como afirma Alan Camilo, o profissional da animação precisa “estar sempre estudando, sempre evoluindo para acompanhar o ritmo do mercado. Esse é o maior desafio do animador.”

Aqui o link para acessar a entrevista. Indiquei também o Alan Camilo, profissional que trabalha como animador da Seagullsfly, obrigado pela ajuda Alan. Acessem o blog dele aqui.

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